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Se há algo que todos já sabem é que o Rio de Janeiro é o cenário cinematográfico por excelência. Desde a década de 1960, a cidade é palco de inúmeras produções, com destaque para as novelas que encantam o Brasil. Para as principais redes de televisão do país, escolher o Rio como localidade é mais que uma conveniência; É um privilégio. A surpreendente geografia da cidade e seu apelo herbáceo tornam qualquer produção ainda mais atrativa.
Além disso, o sotaque carioca, usado como linguagem imparcial, é um dos símbolos da autenticidade dos personagens. No entanto, o que realmente diferencia algumas produções é a forma como elas integram o Rio de Janeiro à trama, transformando a cidade em um personagem genuíno, rivalizando até mesmo com os protagonistas.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo DIÁRIO DO RIO, mais de 150 novelas da TV Globo tiveram o Rio como cenário principal. Embora muitas dessas histórias estejam concentradas nos bairros emblemáticos da Zona Sul, alguns autores ousaram levar o enredo adiante, “fazendo o exercício da Central” e explorando os subúrbios da cidade. Essa técnica trouxe uma nova perspectiva, revelando uma verdade do Rio que está “escondida” dos olhos dos espectadores.
Por isso, o DIÁRIO DO RIO optou por novelas de sucesso que tivessem o Rio de Janeiro como “protagonista” de suas tramas:
Ambientada no Rio de Janeiro do início do século XX, a novela é amplamente considerada uma das tramas já veiculadas na televisão brasileira. Vencedora do Emmy Internacional em 2013, a produção escrita por João Ximenes Braga e Claudia Lage superou a favorita da época, “Avenida Brasil”.
Com elenco estrelado por Marjorie Estiano e Camila Pitanga, a novela de seis horas apresentou um retrato brilhante da dupla realidade da cidade em um dos períodos mais turbulentos de sua história política e urbana. Ambientado no centro do Rio, o enredo explora os ajustes urbanísticos propostos na antiga capital do Brasil durante o mandato do presidente Rodrigues Alves e do prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906. O contexto fornece uma base essencial para a compreensão da “fuga” forçada. cariocas da região central do Rio.
O processo de favelaização do Morro da Providência, considerada a primeira favela do Brasil, foi magnificamente incorporado à narrativa, assim como outras ocasiões antigas significativas da época, como o surgimento do samba, a censura dos primeiros terreiros afro-brasileiros, a a criminalização da capoeira, o início das partidas de futebol da elite carioca, a revolta da vacina e do chicote e a chegada da iluminação pública ao município.
Locais emblemáticos como a Confeitaria Colombo e o Cortiço Cabeça de Porco, bem como bairros prestigiados do Rio como Botafogo e Cosme Velho, foram devidamente recriados. Nos Estúdios Globo foi projetada uma “filial” na Rua do Ouvidor, onde foi gravada a maior parte das cenas. A abertura encantou o público com o famoso samba de 1989 da Imperatriz Leopoldinense, “Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós!”. A novela fez grande sucesso na cidade na época, ultrapassando 30 números de audiência aqui no Rio.
Localizada na periferia do Rio de Janeiro, a “Avenida Brasil” é considerada um dos maiores fenômenos da televisão brasileira e capturou perfeitamente a essência do Rio. A telenovela criou uma comunidade fictícia que refletia o domínio do norte da cidade. esquecido em outras produções. A trama foi protagonizada por Débora Falabella, Adriana Esteves e Murilo Benício.
O Divino ganha vida através de autênticos bairros suburbanos como Madureira, Quintino e Méier. Cada detalhe foi meticulosamente recriado, desde o baile de formatura e lojas de departamento até as tabernas e casas antigas com seus quintais típicos. Lugares sagrados para os moradores suburbanos, como estádios de futebol e clubes locais, foram meticulosamente representados, acrescentando o fictício Divino Futebol Clube. A abertura do ciclo animou através da coreografia da Dança do Charme, patrimônio cultural de Madureira.
Com roteiro de João Emanuel Carneiro e encenação de Ricardo Waddington, Amora Mautner e José Luiz Villamarim, a novela foi sucesso de público, principalmente no Rio de Janeiro, onde seus números chegaram a quase 70 números no último episódio.
Lembrado com nostalgia, principalmente pelos admiradores das obras de Manoel Carlos, “Laços de Família” teve o maior palco e frente de suas emblemáticas protagonistas, todas chamadas Helena, na comunidade do Leblon, zona sul. O escritor retratou com maestria a essência da comunidade, desde a música escolhida, a bossa nova, até os prédios dos personagens, que eram prédios emblemáticos da região, até as instituições onde as cenas foram gravadas. A novela é um antigo exemplo de produção de sentar, assistir e relaxar.
É inegável que a fama do Leblon se deveu em grande parte à fortuna dos “Laços de Família”, que, por sua vez, contribuíram para a valorização dos ativos e estimularam a especulação imobiliária na região. O Leblon é um dos últimos bairros da cidade a desfrutar de uma reforma construtiva, muito desse impulso se deve ao espetáculo apresentado por meio da novela.
Comentou numa entrevista a Pedro Bial que “as pessoas juntaram-se à ficção, bateram à porta como em ‘Laços de Família’ para saber se havia apartamento à venda, faltava viver no apartamento da Helena”. A questão é a cobertura do edifício Simoger, localizado na Rua Aristides Espínola. Atualmente, o ativo está à venda por R$ 11 milhões. Na trama, ela serviu como fachada de Helena interpretada por Vera Fischer.
Ainda hoje a fama de “Helena do Leblon” permanece na memória dos cidadãos com carinho e humor inteligente. Está relacionado a um símbolo de elegância e sofisticação, representando quem tem dinheiro e sabe viver a vida de forma gentil e complicada. “Terei uma vida como a de Helena!”
Embora não tenha conseguido alcançar as classificações mais altas, a novela Boogie Oogie, ambientada no Rio de Janeiro no final dos anos 1970, apresentou a muitos de seus telespectadores uma verdadeira viagem no tempo. Transmitida às 18h, a trama abordava temas quentes da época, como a febre da discoteca no Rio, o início da urbanização da Barra da Tijuca, a emoção do surfe em Ipanema, a vida noturna das casas noturnas cariocas e a chegada da gastronomia japonesa à cidade carioca.
A novela, estrelada por Isis Valverde e Marco Pigossi, teve grande parte de sua história ambientada em Copacabana, recriada nos Estúdios Globo. Além disso, algumas cenas foram gravadas em um casarão da década de 60 no Alto da Boa Vista, reduto da alta sociedade da época. Entre os momentos representados estão a chuva de papéis picados em pleno Rio, as primeiras manifestações dos cultos afro. no Réveillon de Copacabana e a trágica lareira da boate Vogue O bairro Maréchal Hermès também foi selecionado para gravações máximas, onde as ruas do bairro, ainda intactas no tempo, representavam a cidade de 1978.
Para acentuar a imersão dos telespectadores, a equipe da novela incorporou vídeos reais da cidade dos anos 70 e uma trilha sonora decisiva.
Escrito pela maravilhosa Glória Pérez, Salve Jorge teve uma sorte maravilhosa em sua exposição. Localizada em uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão, a novela foi pioneira em ter uma rede como cenário principal. Protagonizada por Nanda Costa, a trama abordou temas como o tráfico de pessoas e contribuiu para expor e desmantelar diversas quadrilhas envolvidas nesse crime, até então pouco conhecido por grande parte da população.
Com seu chamado incentivado pelo padroeiro do subúrbio carioca, São Jorge, a novela faz alusão às outras batalhas que a sociedade enfrenta diariamente. A profissão de Morro do Alemão foi retratada nas primeiras cenas da série, símbolo icônico da fuga de traficantes de drogas, amplamente divulgada pelos meios de comunicação locais do Rio. Uma “mini favela” foi construída nos estúdios da TV Globo. Array, em Jacarepaguá, para as gravações.
Glória Pérez se inspirou no próprio morro para criar seus personagens e incluiu figuras icônicas do hotel na trama. Um exemplo memorável é o de Adriana da Empadinha, uma vendedora popular da Penha, que muito encantou seus consumidores e eles com sua culinária e seu jeito exclusivo de vender, fazendo paródias de uma música funk. Além disso, os personagens foram projetados para capturar o verdadeiro poder do Rio, proporcionando uma representação original e colorida da vida na comunidade.
Escrita por Aguinaldo Silva, a telenovela Fina Estampa se consolidou como uma das máximas cômicas e engraçadas das nove horas da noite. ranhura. Ambientado na “Miami brasileira”, a Barra da Tijuca, a trama utilizou o cenário para as características dos personagens e conflitos sociais. A novela aborda vividamente as diferenças de elegância, destacando a vida extravagante e superficial de Tereza Cristina, uma típica “van barrense” que personifica o estereótipo popular dos vizinhos da comunidade.
Tereza Cristina foi retratada como uma mulher surpreendente, sem elegância ou elegância, onde o dinheiro falava mais alto que o capital cultural. Ele morava em uma suntuosa mansão em um dos condomínios de luxo da Barra. Em vez disso, a vida inegável e despretensiosa de Griselda, moradora de uma colônia de pescadores na Praia do Pepê, tem sido amplamente explorada. A terra dividia a comunidade em dois grupos distintos: os “ricos” moradores do condomínio e os “naturalistas”, ligados à natureza e ao mar.
Grande parte das filmagens ocorreu entre a Praia do Pepê e o Quebra-Mar, e a casa de Griselda, localizada perto da Praia dos Amores, tornou-se um ponto turístico popular quando a novela foi ao ar. Fina Estampa foi um grande sucesso de público, em parte graças ao seu enredo alegre e alegre, sem debates sociais primários ou ativismo, que conquistou o prazer de muitos telespectadores.
A novela se passou nas ruas de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, e destacou uma verdade oculta da praia de Copacabana. Embora a comunidade seja amplamente conhecida como um orgulho do Brasil no exterior, com suas praias marcantes e status icônico. , também é um foco de prostituição sofisticada na cidade. Esse aspecto menos visual da vida carioca foi retratado com sensibilidade na trama, revelando a dualidade de Copacabana: seu glamour e as realidades sombrias que coexistem em “A Princesinha do Mar”. “
A trama girava em torno das duas irmãs Paula e Taís, interpretadas por Alessandra Negrini, que viviam vidas absolutamente diferentes e não conheciam outra. Enquanto um morava no Rio de Janeiro, o outro morava na Bahia. A montagem das irmãs acontece quando Paula vai ao Rio em busca de Daniel, interpretado por Fábio Assunção. Daniel é alvo da inveja de Olavo, interpretado por Wagner Moura, por seu prestígio aos olhos do presidente da empresa onde trabalhavam, o empresário Antenor Cavalcante, interpretado por Tony Ramos.
Outro destaque da novela Bebel, estrelada por Camila Pitanga. Ela, uma prostituta baiana que trabalhava no baile de formatura de Copacabana e teve um romance intenso e tempestuoso com Olavo.
Exibida em 2007, a série escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim.