Entendendo as “Emendas Pix” e os impasses entre o Congresso e o Judiciário

Congresso Nacional do Brasil

Leonardo Sá | Agência Brasil

As chamadas “emendas do Pix”, contestadas perante a Justiça Federal (STF), constituem uma forma de movimentação direta especial de recursos para os estados, o Distrito Federal ou os municípios, eliminando a necessidade de acordos ou instrumentos similares para movimentações. .

Essas alterações pertencem a emendas parlamentares individuais, propostas por meio de deputados e senadores e conhecidas como “RP6” no orçamento, com caráter autoritativo, ou seja, obrigatório.

O uso das “emendas Pix” criou um impasse entre o Congresso e o Judiciário. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que classificasse essa medida como inconstitucional.

Na quarta-feira (14), o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu todas as modificações obrigatórias apresentadas no Congresso ao Orçamento até que sejam estabelecidas normas de transparência e rastreabilidade dos recursos.

A resolução considera tanto alterações individuais quanto alterações de órgãos estatais, que são de natureza coletiva. O plenário da Corte analisará a resolução de Dino em consulta marcada para sexta-feira (16).

Isso causou inquietação: os parlamentares interpretaram a medida como uma invasão dos poderes do Poder Legislativo. Na quinta-feira (15), os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentam pedido de suspensão da proteção assinado por meio de Dino. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido.

Em decisão anterior, Dino já havia cobrado mais transparência e a publicação das “emendas do Pix”. Em resposta, o Congresso apelou e pediu uma reconsideração da decisão do ministro.

Na terça-feira (13), Pacheco disse que a Câmara e o Senado estavam lendo uma alternativa. Ele indicou que a substituição pode ser incluída na Lei de Despesas de Orientação Orçamentária (LDO) ou na Lei de Finanças Anual (LOA), que definem as regras orçamentárias. Ele descartou propor ajustes a uma proposta de emenda à Constituição.

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