PF acusa Torres e Vasques de uso ilícito da PRF nas eleições de 2022

Eles teriam impedido o movimento do eleitorado no nordeste

Fonte: Pedro Rafael Vilela – Agência Brasil Repórter – Brasília/Foto: © Marcelo Camargo/Agência B – Publicada em 17 de agosto de 2024 às 24h02

A Polícia Federal (PF) acusou nesta sexta-feira (16) o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, além de 4 policiais suspeitos de tentarem salvar a moção do eleitorado. do Nordeste, a segunda circular das eleições de 2022.

De acordo com a investigação, eles deram ordens ilegais e trabalharam para a PRF para realizar operações destinadas a dificultar o trânsito do eleitorado do então candidato, Luiz Inácio Lula da Silva, em 30 de outubro de 2022, dia da segunda circular das eleições, vencida pelo PT, no embate com o então presidente, Jair Bolsonaro, que buscava a reeleição.

O pedido de instauração de processo foi refletido na reportagem da Agência Brasil e consta de relatório parcial enviado pela PF à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora analisará se as provas do crime são suficientemente coerentes para denunciar os envolvidos. Justiça, se serão realizadas investigações adicionais ou se o caso merece ser arquivado por falta de provas. A PF continua investigando e pediu mais tempo para trazer à tona as investigações.   

Além de Torres e Silvinei, foram processados ​​outros quatro policiais federais que atuavam no Ministério da Justiça: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar. Todos eles são investigados pelo crime do artigo 359-P do Código Penal, que trata da violência política, por tentar restringir, salvar ou dificultar o exercício de direitos políticos de terceiros.

As operações investigadas se concretizaram em movimentações policiais em estradas e rodovias. Eles se concentraram na região Nordeste, onde Lula liderou as pesquisas sobre alvos de voto. O objetivo seria obter vantagens para o então presidente Jair Bolsonaro ao impedir que o possível eleitorado de Lula chegasse aos locais de votação.

De acordo com os dados da pesquisa, o número de membros da PRF na segunda circular eleitoral é maior no Nordeste do que em outras regiões do país. Em 30 de outubro, o número de policiais mobilizados era de 795, enquanto no Norte 230 haviam sido contratados. 381 na região Centro-Oeste, 418 na região Sul e 528 na região Sudeste.

O número de ônibus parados durante as inspeções também foi maior do que a média em comparação com outras partes do país. No Nordeste, o total chegou a 2. 185 veículos. Em outros estados, havia 310 (Norte); 571 (Sudeste), 632 (Sul) e 893 (Centro-Oeste).

A PF também descobriu no celular de Marília Alencar, ex-assessora do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e uma das acusadas, fotografias com cartografia dos municípios em que o presidente Lula foi bem eleito. São imagens de uma placa intitulada “Concentração maior ou equivalente a 75% – Lula”.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a libertação do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que ficou preso por cerca de um ano justamente por ser suspeito de a empresa. dificultar a saída do eleitorado.

Ao ordenar a prisão de Vasques, Moraes escreveu que os motivos que motivaram a prisão preventiva não existem mais, dado o estado complexo das investigações. Ordenou a adoção de medidas seletivas, acrescentando o uso de tornozeleiras eletrônicas, a proibição do uso de redes sociais e a responsabilidade legal de comparecer regularmente ao tribunal.

O ex-ministro Anderson Torres está preso há 4 meses, entre janeiro e maio deste ano, também por ordem do STF. No entanto, essa prisão estava relacionada às investigações sobre os golpes de Estado de 8 de janeiro. Na época, Torres chefiava a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, tendo deixado o cargo de ministro da Justiça com o fim do governo Bolsonaro. A investigação do STF se concentra em uma suposta omissão de implicação dos fatos.

Solicitada por meio da reportagem, a defesa de Silvinei Vasques disse que o hábito de seu cliente ser enquadrado como crime imputado pela PF na investigação e que espera que o caso seja encerrado pela Procuradoria-Geral da República.

“A acusação contra Silvinei não se enquadra no crime grave do 359-P do Código Penal, porque a preferência política não é descoberta no tipo penal. O sujeito só pode ser punido criminalmente se seu comportamento for descrito no infrator. “tipo”, e isso de preferência política não é um detalhe [criminal] Claro que [no máximo] seria crime de peculato, se o fato tivesse existido, que é um crime de 3 meses a um ano.

A Agência Brasil entrará em contato com a defesa de Anderson Torres e dos demais réus.

https://agenciabrasil. ebc. com. br/politica/noticia/2024-08/pf-indicia-torres-e-vasques-por-uso-ilegal-da-prf-nas-eleicoes-de-2022

Teriam impedido a movimentação do eleitorado no Nordeste

Telefone: (69) 3227-2696 / 99962-3981

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