Proposta de profissão de Brasília levanta considerações sobre sua contribuição

Neste sábado (17) é o Dia do Patrimônio Histórico Nacional. Em Brasília, a data termina na semana em que o Governo do Distrito Federal (GDF) sancionou o Plano de Preservação do Complexo Urbano de Brasília (PPCUB), com novas regulamentações de uso do solo na região.

O domínio concentra as sedes dos Três Poderes, componente das atividades econômicas do Distrito Federal, milhares de departamentos e o conjunto urbano-arquitetônico de 112,25 km² identificado como patrimônio antigo e cultural da humanidade através da Organização das Nações Unidas para a Educação. . Ciência e Cultura (UNESCO).

Com 782 páginas virtuais em nova edição do Diário Oficial do DF, o PPCUB reúne toda a legislação urbanística do Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia, Sudoeste/Octogonal e Setor de Indústrias Gráficas (SIG), agregando o Parque Nacional de Brasília e o espelho d’água do Lago Paranoá.

Demorou 15 anos para que o plano se tornasse lei. Internamente, o tema foi discutido em 28 reuniões nas câmaras técnicas do Conselho de Planejamento Urbano e Territorial (Conplan), em 8 audiências organizadas por meio do GDF e em outras cinco audiências na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Ganhou 174 emendas antes de ser aprovado em dois turnos por três quartos dos deputados do distrito de Brasília. Apresentado ao Palácio do Buriti, obteve 63 vetos do governador Ibaneis Rocha (MDB) antes de ser publicado como lei complementar nº 1. 041/24.

Rocha eliminou do PPCUB os temas considerados mais polêmicos, o que poderia prejudicar a destinação original do capital federal, indexada em nível nacional e aceita pela UNESCO. “Foi feita uma investigação muito criteriosa, tanto jurídica quanto técnica, para reavaliar tudo o que havia sido proposto”, explica o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal, Marcelo Vaz.  

Ele admite que a avaliação também foi política. “Também é muito importante garantir a tranquilidade da população. O objetivo do governo é proporcionar segurança jurídica. Isso significa atualizar as regras, mas sem prejudicar a preservação de forma alguma e sem modificar a cidade como foi planejado inicialmente lá”, confidenciou em entrevista à Agência Brasil.

Apesar do gesto do governador e das preocupações do secretário, alguns apontam para a ameaça de que Brasília perca seu nome como patrimônio cultural com os ajustes que podem ocorrer após o PPCUB. O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) criou uma organização interdisciplinar para avaliar os efeitos sobre a cidade, aderir à investigação dos vetos por meio da Câmara Legislativa do Distrito Federal e, possivelmente, debater a constitucionalidade da lei que instituiu o plano.

 

De acordo com Leiliane Rebouças, autora da ação social Guardiões do Patrimônio Humano de Brasília, haverá programas perante a Corte contrários à lei do PPCUB. “Ele terá que ser levado à justiça porque é dever do Estado manter o patrimônio histórico, artístico e cultural nacional. É evidente que, se essa lei local entrar em conflito com a lei federal, ela prejudicará o registro. Eles não podem adotar uma lei local que vá contra a lei federal de classificação”, disse, referindo-se à Portaria nº 314/1992 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“A inscrição nacional e o nome do patrimônio cultural foram feitos para Brasília com base na hipótese imobiliária que existe desde o nascimento da cidade”, lembra. Considera que o PPCUB constitui um risco ao nome do patrimônio milenar e cultural de Brasília. ” Esse nome agrega valor à cidade e mostra que Brasília é uma cidade exclusiva no mundo. Um governo inteligente usa esse nome para expandir o turismo”, recomenda.

Leiliane Rebouças acrescenta ainda que o PPCUB apresenta falhas diagnósticas. “Nenhum controle foi realizado no ambiente ou no tráfego. “O professor Frederico Flósculo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de Brasília (UnB), aborda o mesmo ponto. “Não há cidade fazendo planos sem diagnóstico, não há cidade fazendo planos sem influenciar estudos de todos os tipos, ambientais, demográficos, sociais, de segurança e de trânsito”, avalia.  

Descreve o PPCUB como um “plano provincial”, que ignora a vocação da cidade. “A primazia é abranger os poderes federal, executivo, legislativo e judiciário. Há um escrutínio mínimo das aspirações de longo prazo em questões espaciais, a reorganização de qualquer um dos poderes da República. ” 

Apesar dos 15 anos de gestação do PPCUB e das dezenas de audiências públicas organizadas sobre o projeto, o professor da UnB e o ativista dos Guardiões de Brasília reclamam da falta de participação social efetiva na elaboração do projeto. como ponto principal por meio de Ludmila Correia, coordenadora da Comissão de Política Urbana e Ambiental do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF) e professora de política urbana e urbanismo do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (PDI).

“Queremos pensar no desenvolvimento urbano, mas ele terá que ser compatível com o fator preservação do patrimônio. Isso terá que ser feito não só com um cuidado técnico maravilhoso, mas sobretudo com a participação social, para que sejam reconhecidas as outras visões que existem na cidade”, diz o coordenador.

O arquiteto Juliano Carvalho, coordenador do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), organização não governamental estrangeira que assessora a UNESCO em problemas semelhantes ao patrimônio mundial, tem uma visão próxima. O PPCUB possui diversos planos e projetos. É fundamental que a sociedade participe desses planos e projetos que ainda não foram desenvolvidos para garantir a nossa qualidade de vida como moradores.

A ausência da população na implementação do plano preocupa o geógrafo Telmo Amand Ribeiro, diretor do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF). “Eles estão fazendo um apelo formal à sociedade, qualquer coisa com pouca publicidade, e as pessoas não participam. »

O secretário Marcelo Vaz nega denúncias judiciais sobre falta de participação e diz que houve “participação popular massiva e suficiente” na elaboração do PPCUB. “Representantes da sociedade civil participaram de toda a estrutura do processo. Ouvimos uma série de partes interessadas, desde o mercado imobiliário até associações comunitárias. Mas há quem precise que prestemos atenção a toda a população. Não podemos fazer isso, temos que fazer entrevistas com chefes.

Para o geógrafo Telmo Amand, é imaginável que Brasília se modernize e se torne mais vital sem transformar suas principais características urbanas. “Mas esta cidade pode se tornar uma capital nacional, uma cidade global, sediar eventos primários, eventos primários estrangeiros, mantendo o projeto básico do complexo urbano. “

Juliano Carvalho acredita que o PPCUB é um documento híbrido, com pontos negativos e positivos. Mas é inimaginável falar sobre a perda do nome da UNESCO de patrimônio antigo e cultural por causa desse projeto. O arquiteto alerta, no entanto, que a cidade de Brasília “vive processos crônicos de degradação devido a ações passadas” e que a perda do nome “pode ocorrer ao longo das décadas se a cidade continuar se deteriorando”.

Frederico Holanda, professor emérito da UnB e pesquisador associado da FAU, acrescenta outras considerações como a desigualdade e a exclusão social em Brasília, “talvez a exclusão máxima de todas as cidades brasileiras”, agravada no PPCUB ao permitir a “privatização do Paranoá”. do outro lado do lago. ” Ele critica a alocação de terrenos para a construção de hotéis, como é o caso do segmento quatro do setor de Clubes Esportivos do Sul.

Questionado sobre isso, o secretário Marcelo Vaz explicou que as massas já existiam, não foram criadas através do PPCUB. “O que fizemos foi dar um remédio equivalente às 8 missas. Aliás, a Portaria Iphan nº 166/2016, que define os critérios de conservação, autoriza a instalação de hotéis e hotéis separados neste segmento, e apenas neste segmento do setor de clubes.

O decreto ao PPCUB já foi encaminhado por meio do GDF para avaliação ao Iphan. O município acompanha o andamento do plano desde 2009 e emitiu pareceres técnicos com análises, interpretações e recomendações e também participou de audiências públicas sobre a proposta anteriormente. tornou-se lei.

Após a regulamentação do PPCUB, a Diretoria de Desenvolvimento Urbano e Habitação deverá completar a progressão do Plano Diretor de Ordenamento do Território (PDOT) com regras gerais de expansão urbana e zoneamento. Delinear o que é um domínio urbano, o que é um domínio rural, o que é um domínio rural, o que é um domínio urbano e o que é um domínio rural. está sujeito a regularização, onde se situa o domínio residencial.

No dia 21 de abril, Brasília completará 65 anos. Em breve ultrapassará o tempo que o Rio de Janeiro teve como capital da República (70 anos). A palavra “república”, que se refere à forma de governo com participação direta e eleição de representantes, deriva do latim res publica traduzido como “coisa pública”, a exemplo do conjunto urbano da Capital Federal.

Entre as reivindicações estão a facilitação do crédito, a regularização da situação dos acampados e incentivos à produção de alimentos agroecológicos e saudáveis.

Os efeitos eleitorais foram contestados pela oposição, organizações de observadores estrangeiros e vários países. A CNE ainda não apresentou os efeitos detalhados por meio da mesa de votação.

A Fundação Renova deverá revisar, organizar e atualizar os dados essenciais para que as mulheres envolvidas possam reivindicar acesso a programas de assistência monetária e reembolso.

Um proeminente violoncelista brasileiro morreu no início de agosto. O documentário será veiculado no programa Partituras, que vai ao ar neste domingo (18), às 23h30.

Nascido no Rio de Janeiro em 1930, Silvio Santos passou de vendedor ambulante a empresário de sucesso. Fundou uma das maiores empresas de mídia do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

O jornalista da EBC lembra que Silvio Santos participou da criação do primeiro telejornal com a jornalista Lillian Witte Fibe como apresentadora, no Jornal do SBT e no programa policial Aquí Agora.

“Ele, Silvio Santos, gostou de ser celebrado em sua vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para respeitar seus desejos. E vamos fazer isso”, disseram os familiares.

Americanos mascarados atacaram um vilarejo perto da cidade ocupada de Qalqilya, na Cisjordânia, incendiando carros e matando pelo menos uma pessoa.

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