Relator descobre “abuso de poder”, mas TRE de Alagoas adia julgamento do impeachment de Paulo Dantas

Um pedido de revisão adiou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, o que pode levar à inelegibilidade do governador alagoano Paulo Dantas (MDB), às vésperas do início da campanha eleitoral de 2024. O Executivo é acusado de abuso político. vigor e economia na distribuição de cestas básicas do programa “Pacto contra a Fome”, às vésperas das eleições de 2022, ainda em meio à pandemia.

A defesa de Dantas argumentou neste caso que a distribuição de cestas básicas respondia a desejos decorrentes de duas situações excepcionais: a pandemia e as fortes chuvas que atingiram Alagoas naquela época.

O relator da ação, o juiz Alcides Gusmão, descobriu a “participação direta” de Dantas em condutas ilícitas e votou a favor do governador.

Voto de Gusmão em julgamento realizado na tarde desta segunda-feira (5), no qual os juízes começaram a analisar uma ação movida pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos), que em 2022 foi rival de Paulo Dantas nas eleições e também candidato ao governo de Alagoas.

O procedimento também afeta o senador e atual ministro dos Transportes Renan Filho (MDB), além do vice-governador Ronaldo Lessa e dois secretários do governo de Alagoas.

Os advogados do governador argumentam que a entrega do produto foi coberta por uma exceção à lei eleitoral e que não havia evidências “sólidas o suficiente” para uma possível condenação.

O eixo da ação é a suposta distribuição de bens durante o período eleitoral, que segundo Rodrigo Cunha teria beneficiado as campanhas de Paulo Dantas, Lessa e Renan Filho em 2022.

O senador questionou a entrega de cestas básicas no âmbito do programa conhecido como Pacto Contra a Fome, aprovado um mês depois de Dantas ascender ao governo, em maio de 2022, às vésperas das eleições daquele ano.

O relator Alcides Gusmão votou a favor da condenação apenas de Dantas e Ronaldo Lessa. A decisão do TRE de Alagoas defende o arquivamento do componente da ação opositor a Renan Filho e outros dois secretários do governo estadual. No caso do governador e do vice-presidente, Gusmão viu “compromisso direto” e “benefício” da conduta proibida, respectivamente.

“A distribuição irregular e gratuita de cestas básicas pelo governo foi grave o suficiente para a normalidade e legitimidade do confronto eleitoral e, considerando os valores centrais envolvidos em seu uso promocional pelo governador, eles tiveram força para se aproveitar ilegalmente deles. sua campanha, descrevendo-a como um abuso de força política e econômica”, afirma a decisão.

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