Amazon: Ambulâncias 1. 400 vezes para armazéns do Reino Unido, diz jornal

Trabalhar nas maiores corporações de tecnologia do mundo é um sonho para muitas pessoas. A realidade, porém, pode ser muito diferente, a ponto de transformar o sonho em pesadelo. Isto é o que aconteceria nos armazéns da Amazon no Reino Unido.

Dados recebidos através do jornal britânico The Guardian mostram que ambulâncias foram chamadas para esses locais mais de 1. 400 vezes nos últimos cinco anos. Um dos maiores sindicatos do país, o sindicato GMB, descreveu os números como “chocantes, mas surpreendentes”.

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O sindicato pediu ao governo competente do país que investigue as práticas trabalhistas da empresa. De acordo com Amanda Gearing, que está cuidando do caso, “a equipe da Amazon é sistematicamente empurrada além dos limites da resistência humana”. .

De acordo com o The Guardian, os centros da Amazon em Dunfermline e Bristol registraram o maior número de chamadas de ambulância na Grã-Bretanha, registrando 161 e 125, respectivamente, nesse período.

O líder sindical disse que esses números podem ser ainda maiores, já que em alguns casos os socorristas seriam desencorajados de chamar ambulâncias e, em vez disso, implorariam para pegar táxis.

Um porta-voz da Amazon disse ao Guardian que “refuta veementemente a sugestão de que é ‘inseguro’ trabalhar para a Amazon”. Ele acrescentou que “a segurança é a prioridade mais sensata” nos armazéns da empresa.

Segundo o porta-voz, os números apresentados no relatório são enganosos. Ele não negou o número de ligações, mas disse que elas seriam gerais, dada a corrida massiva na empresa. Ele também disse que a Amazon teve, em média, 50% menos ferimentos do que outras empresas de transporte e armazenamento do Reino Unido.

Um extra da Amazon explicou que a “grande maioria” das chamadas de ambulância eram semelhantes a “condições pré-existentes, não a incidentes de trabalho” e que a Amazon “chamará uma ambulância se alguém precisar de atendimento médico”.

“Como empresário culpado, chamaremos uma ambulância se alguém precisar de cuidados médicos urgentes”, afirmou o porta-voz do grande setor tecnológico.

“Inspiramos aqueles que precisam perceber o fato a virem e verem por si mesmos visitando um centro de atendimento da Amazon”, concluiu o porta-voz.

Vem do Guardian.

Relógio & Série

Roberto (Bob) Furuya é bacharel em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua em jornalismo desde 2010. Trabalhou nas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, com especialização em redes sociais e tecnologia.

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