Pesquisa do Google com IA chega ao Brasil: como funciona?

Nova fase de busca do Google traz efeitos com inteligência sintética generativa em português, mas big tech recomenda o recurso com moderação

O Google anunciou em maio de 2024 que iria integrar inteligência sintética generativa (IA) em suas pesquisas, um recurso que está disponível apenas nos Estados Unidos. Agora, esse recurso, chamado AI Overviews (que pode ser traduzido em visões gerais, em português), é estendido ao Brasil e a outros cinco países: Índia, Indonésia, Japão, México e Reino Unido.

Usando a tecnologia AI Overviews, alimentada por modelos Gemini, em vez de realizar pesquisas, o usuário pode inserir uma única declaração, mesmo que seja uma frase longa, e obter uma reação direta aos efeitos iniciais da pesquisa na forma de texto, como no ChatGPT. O lançamento será lento e levará algumas semanas para estar disponível para todos os usuários.

O anúncio da expansão das visualizações de IA ocorre logo após o lançamento dos novos telefones celulares Pixel nove, que apresentam integração complexa com inteligência sintética, adicionando o Gemini Live, um recurso que permite interações de voz com IA.

As visualizações de IA do Google têm várias aplicações práticas, como responder a perguntas como “como substituir um pneu de carro”, criando textos curtos e diretos.

Além disso, o recurso é capaz de oferecer respostas com outros graus de detalhamento, seja uma explicação padrão, simplificada ou mais aprofundada, que atenda aos diferentes desejos do usuário. Também é possível fazer perguntas complexas em uma única busca, evitando a necessidade de realizar múltiplas buscas.

Outra característica é a realização de planos de itinerário personalizados, como um itinerário. O recurso também pode analisar vídeos e esclarecer dúvidas sobre o conteúdo das gravações, com a ajuda do Google Lens.

Segundo o Google, as visões gerais de IA já foram usadas bilhões de vezes dentro do Search Labs, programa onde os usuários conferem novos recursos em desenvolvimento.

Liz Reid, chefe de pesquisa do Google, observou que, com os insights de IA, outras pessoas usam mais a pesquisa e ficam mais satisfeitas com os efeitos que obtêm. A empresa pretende oferecer essa geração a pelo menos um bilhão de usuários até o final de 2024.

Assista ao vídeo explicando os detalhes: https://youtu. be/s4InWsd-J6g.

O Google acredita que a pesquisa oferecerá novas possibilidades. Porém, a empresa também reconhece que os efeitos gerados ainda podem envolver erros ou inconsistências e recomenda o uso moderado deste recurso.

Durante os testes nos Estados Unidos, o novo recurso enfrentou alguns desafios, adicionando respostas errôneas geradas por meio de insights de inteligência artificial. No entanto, verifica-se que o Google corrigiu ou minimizou esses problemas, o que torna imaginável sua expansão para outros países.

Embora o Google tenha expressado entusiasmo com esse novo recurso, ele gerou consideração entre os produtores de conteúdo. A exibição de efeitos resumidos por IA pode ter um efeito negativo no tráfego para sites externos, reduzindo a visibilidade e o número de visualizações de página.

Em seu anúncio oficial, o Google explicou que está implementando novas táticas para destacar links em efeitos de visualização. Na parte superior da área de trabalho, esses links aparecem à direita dos recursos, enquanto nos dispositivos móveis, os ícones aparecem na parte superior da página de recursos.

A empresa também disse que está experimentando outras táticas para demonstrar esses links, a fim de direcionar o tráfego para sites externos. No entanto, permanecem dúvidas sobre a eficácia dessas estratégias.

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