Brasil crescerá 2,2% em 2025, segundo Banco Mundial

16/01/2025 – 17h35

A economia brasileira deve crescer 2,2% em 2025, segundo o relatório Perspectivas Econômicas Globais do Banco Mundial, publicado nesta quinta-feira, 16. A entidade também calcula o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, soma dos bens e produtos produzidos no país. ) é esperado fechar 2024 em 3,2%. Para 2026, a estimativa é de 2,3%.

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Os países em desenvolvimento, organização que inclui o Brasil, enfrentam situações que exigem mais expansão para se aproximarem do ponto de progressão das chamadas economias complexas, disse o Banco Mundial. A economia global deverá expandir-se a 2,7% em 2025 e 2026, à mesma velocidade de 2024.

Segundo o estudo, os países emergentes deverão atingir a mesma taxa de expansão de 4% nos próximos dois anos, mas esta percentagem seria “insuficiente para garantir o progresso necessário para reduzir a pobreza e alcançar objectivos de progressão mais amplos”.

Entre as causas, o Banco Mundial aponta que “as taxas de juros caíram na maior parte da região, mas permaneceram altas no Brasil e no México”.

“A desaceleração da procura chinesa pesou nas exportações e o excedente da indústria argentina aumentou devido ao alívio das importações”, acrescentou.

A estimativa de crescimento de 2,2% da economia brasileira neste ano se equipara ao mesmo índice do Chile; está acima do México, com previsão de 1,5%, e bem abaixo ao da Argentina, que aparece com uma projeção de crescimento na ordem de 5%.

O maior dado positivo está na pequena Guiana, com 12,3%, país que vive um boom económico graças à exploração de jazidas de petróleo no seu território.

Em um contexto mais amplo, o relatório apresenta um panorama futuro positivo para a América Latina e os países caribenhos (ALC). “À medida que a Argentina se recuperar, as taxas de juros se normalizarem e a inflação diminuir, o ritmo de crescimento da ALC tenderá a se intensificar, chegando a 2,5% em 2025 e 2,6% em 2026. A expectativa é que os preços das commodities fortaleçam as exportações da ALC, embora o crescimento mais moderado da China possa limitar a demanda por commodities essenciais”.

No caso específico do Brasil, o diagnóstico do Banco Mundial é que “a expansão do Brasil desacelerará para cerca de 2,2% nos dois anos, refletindo políticas financeiras restritivas e limitações fiscais no país”.

O relatório do Banco Mundial mostra ainda que as economias das nações em desenvolvimento foram o motor do crescimento global em 60%. “Os próximos 25 anos serão mais difíceis para as economias em desenvolvimento que os últimos 25”, prevê Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sênior de Economia do Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial.

“Na maior parte, as forças que impulsionaram o crescimento nestas economias no passado dissiparam-se. Em seu lugar, surgiram condições adversas alarmantes: níveis máximos de dívida, baixo investimento e crescimento da produtividade, e preços emergentes semelhantes às alterações climáticas. acrescentou o principal economista da entidade.

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