Espera-se que o Brasil registre o segundo maior déficit geral do mundo até 2025, prevê o BTG

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País é o único de seus pares emergentes no pódio que apresenta uma piora no resultado fiscal entre 2024 e 2025

Colaboração de Patrick Fuentes para CNN, São Paulo

O Brasil está no caminho certo para se consolidar como o país com o maior déficit nominal do mundo até 2025, segundo relatório do BTG Pactual. A projecção macroeconómica situa o saldo negativo do Governo este ano em 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

A pesquisa abrange 22 países e prevê que apenas a Bolívia superará o Brasil neste ano, com déficit médio de 9,7% do PIB. Em 2024, o saldo negativo deverá afetar 7,8% do PIB, segundo o BTG. relatório.

Índia e China, com resultado fiscal negativo de 7,6% do PIB, o Brasil no ranking com uma diferença de cerca de 1 ponto percentual, consolidando assim o segundo lugar do Brasil.

O déficit geral é o resultado dos lucros menos os gastos públicos, somando-se os juros da dívida pública, que refletem o resultado fiscal geral. O indicador serve para destacar a aptidão monetária de um país e fornece informações sobre a trajetória da dívida pública.

O Brasil é um dos seus pares que emerge do pódio que mostra uma deterioração na sua funcionalidade fiscal entre 2024 e 2025. Os défices da Bolívia e da Índia deverão diminuir pelo menos 0, respectivamente, 7% e 0,2% entre anos.

O cenário fiscal negativo projetado para o Brasil também fica acima da média esperada para os países emergentes, cujo déficit é projetado em 5,7% do PIB dos países que se encaixam nessa denominação.

Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o desequilíbrio nos resultados é consequência de um cenário contínuo nos gastos do governo.

“Isso é resultado do desequilíbrio fiscal dos últimos dois anos. Enquanto não entrarmos numa situação de maior défice número um e que, portanto, proporcione mais estabilidade à situação económica e a opção de redução das taxas de juro em o futuro”, explica.

Vale ressalta que a única escolha que não piora o cenário fiscal do Brasil é a melhora das políticas fiscais.

Na América Latina, países como México, Chile, Colômbia e Peru estão abaixo desta projeção, com défices inferiores a 4% do PIB no mesmo período e caindo ano após ano.

Em novembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um pacote de medidas fiscais para dar nova vida ao arcabouço fiscal.

A regra limita os crescimento dos gastos do governo a 2,5% além da inflação – em momentos de expansão da economia. O que se argumentava é que algumas despesas do Executivo, porém, não se adequavam ao limitante.

Uma das respostas propostas pela equipe econômica – e aprovada pelo Congresso em dezembro – é restringir a expansão do salário mínimo a esse mesmo patamar.

A regra antiga propunha uma correção mais benevolente: a do ano passado seria mais corrigida pela produção entre a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses e o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás. .

No entanto, Giambiagi ressalta que essa atualização ainda é suficiente para estabilizar a dívida pública.

A nova regra de aumento do salário mínimo proposta pelo governo no final de 2024 ainda é suficiente para tornar o quadro fiscal sustentável, disse Fabio Giambiagi, economista e pesquisador da FGV/Ibre, em entrevista ao WW.

“Se a regra for mantida, nós iremos rumo a uma crise muito séria. É inviável a política fiscal do governo com essa regra”, afirmou.

Giambiagi destaca ainda que esta atualização ainda é suficiente para estabilizar a dívida pública.

“Em um ano, as despesas acumularam esse gasto em mais de 14 bilhões de reais. No segundo ano, foram de 29 bilhões de reais, e o efeito na dívida, com o efeito inicial, já é de 43 bilhões de reais. ” no terceiro ano, o acúmulo de dívida chegará a 86 bilhões de reais e assim por diante”, escreveu em artigo publicado no Diario Brasil.

A nova regra de acumulação do salário mínimo proposta pelo governo no final de 2024 ainda é suficiente para viabilizar o arcabouço fiscal, disse Fabio Giambiagi, economista e pesquisador da FGV/Ibre, em entrevista ao WW.

“Se a regra for mantida, estaremos a caminho de uma crise. A política fiscal do governo com essa regra é inatingível”, disse ele.

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