Chuvas no Acre: começa o monitoramento dos rios na tentativa de esperar pelas enchentes

No dia 20 de dezembro, o Serviço Geológico do Brasil iniciou o envio de comunicações com conhecimento sobre os rios da bacia, atendendo os municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco.

Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp AC

Devido ao período chuvoso no Acre, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou a operação do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Acre (SAH Acre). O objetivo é intensificar o monitoramento dos rios para informar sobre os níveis e alertar para possíveis inundações nos pontos monitorados, nos municípios de  Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco. Desse modo, o SGB apoia as ações para prevenir desastres ou reduzir os impactos das cheias. 

Os dados serão disponibilizados em comunicados semanais, com resumos dos teores dos rios e acúmulos de precipitação.   O primeiro já está disponível aqui. Além disso, é possível acompanhar os dados em tempo real, através da plataforma SACE. A operação continua até abril.

Segundo o pesquisador, uma das características do Rio Acre é o acúmulo significativo de vazões diárias durante o ano. “Esse hábito tem impactado continuamente a população que vive nas margens, expondo-a à ameaça de enchentes de dezembro a abril. Portanto, a operação da fórmula de alerta hidrológico do Acre é feita dentro desta janela, para que estejamos preparados para condições excessivas que eventualmente possam surgir. ”

A bacia do rio Acre, no sudoeste da Amazônia, é uma sub-bacia do rio Amazonas. Além de fazer fronteira com o Peru e a Bolívia (transfronteiriça), também faz fronteira com os estados do Amazonas e Rondônia.  

As previsões climáticas preveem chuvas abaixo da média na região para os próximos meses. Apesar disso, Jordão explica que é preciso ter cuidado nesse período: “O rio Acre, quando está cheio, tem uma vazão mais lenta, criando uma cheia prolongada.

Em março de 2024, o Acre enfrentou inundações primárias após fortes chuvas terem se concentrado por um curto período. Na capital do estado, Rio Branco, o rio atingiu o ponto 17,89 m, momento mais alto, o recorde de 18,53 m, registrado em 2015. No município de Brasiléia (AC), a máxima histórica de 15,58 m. Em Xapuri (AC) foi registrado pico de 17,08 m, segundo máximo histórico, recorde de 2015 de 18,24 m.

Associação 

O monitoramento do rio é feito por telemetria e estações tradicionais, componentes da Rede Hidrometeorológica Nacional (NHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando dados que sustentam a crise. sistemas de prevenção, gestão de recursos hídricos e investigação. Os dados são encontrados na plataforma SACE.

*Com informações do SGB

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