O Ministério da Saúde anunciou o status quo de um Centro de Operações de Emergência (COE) para controlar a dengue e outras arboviroses. O árbitro trabalhará no monitoramento de doenças em Pernambuco, além do Brasil.
A ministra Nísia Trindade detalhou um novo plano de contingência para ampliar medidas, preparar a rede assistencial e conter avanço de casos no Estado e no País.
Pernambuco registrou na primeira semana epidemiológica de 2025, segundo o Ministério da Saúde, um total de 90 casos prováveis de dengue. Durante o mesmo período do ano passado, 81 casos foram relatados.
Em todo ano de 2024, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou 12.884 casos de dengue em Pernambuco, dos quais 12 evoluíram para morte e 221 foram graves.
No Brasil, 84% dos casos de dengue registrados em semanas ocorreram nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Santa Catarina.
“Além das ações preventivas, é fundamental destacar o papel dos municípios nesse enfrentamento, especialmente pelo dever que têm na limpeza urbana e outras medidas essenciais de controle. Nesse contexto, reforçamos a importância do trabalho conjunto entre as esferas federal, estadual e municipal para garantir uma resposta efetiva no combate à dengue”, disse Nísia Trindade, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9).
O COE trabalhará no planejamento e na resposta coordenada às arboviroses, que serão realizadas em constante discussão com estados, municípios, pesquisadores, instituições clínicas e ministérios.
O novo plano de emergência revisa e amplia a versão anterior, publicada em 2022, e aponta métodos de prevenção, preparação e reação a surtos de arboviroses. As reuniões do CMI serão convocadas com base nas necessidades conhecidas.
Como estratégia complementar, foi assinada a aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra dengue até 2025. Ainda não há doses em larga escala, devido à produção limitada por meio do laboratório de produção, sendo a principal estratégia a eliminação de surtos de mosquitos.
Até o momento, 5,5 milhões de doses já chegaram aos estados e ao Distrito Federal.