Considerado nos bastidores para assumir o comando do Ministério da Educação e Esportes de Pernambuco, o deputado estadual João Paulo (PT) defendeu, em entrevista à Rádio Folha FM 96. 7 nesta segunda-feira (13), a disposição do Partido dos Trabalhadores em rever sua posição de oposição à governadora Raquel Lyra (PSDB). O apelo do parlamentar vem sendo reforçado desde dezembro de 2024, no contexto de uma aliança imaginável entre o governo do estado e o presidente Lula (PT).
João Paulo, sob pressão de que não há definição do acesso do PT ao governo de Raquel, seus movimentos foram pautados por seu compromisso com o restante de Pernambuco.
“Meu compromisso é com o povo e com os trabalhadores, melhorar a vida do pernambucano como um todo. Quando vimos a necessidade de sair de uma posição de oposição, entendemos que não há uma oposição ao povo de Pernambuco. Não só eu, mas toda a Assembleia tem aprovado projetos importantes para o estado”, afirmou o deputado.
João Paulo, pressionado pelo PT apresentando o governo de Raquel Lyra como oposição, a situação política mudou e o partido agiu para garantir a aprovação de projetos vitais.
Ele destacou o papel dos senadores Humberto Costa (PT) e Teresa Leitão (PT), que também têm contribuído para a aprovação de projetos em favor do Estado.
“Não há oposição contra os outros pernambucanos nem contra o governo do estado. Aprovamos, não só eu, mas toda a Assembleia e os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, todos esses projetos que são para o resto dos pernambucanos”, frisou João Paulo.
O parlamentar ressaltou, ainda, que a revisão do posicionamento político do partido é um passo natural diante das mudanças no cenário político.
Segundo ele, a existência do clube oficial do PT no governo de Raquel Lyra depende de coordenação e de um convite formal para a festa.
“O partido decidiu por ser oposição à governadora, mas era uma outra conjuntura política. É hora de rever. Agora, a questão de participar do governo é outro passo. Acho que o PT tem excelentes quadros que podem contribuir, mas o convite oficial precisa ser feito ao partido. Precisamos sair oficialmente dessa posição de oposição em tese”, pontuou.
“A governadora já faz o ‘L’ sem precisar fazer um gesto com os dedos. Ela tem reconhecido o governo Lula, a preocupação com o povo de Pernambuco e os investimentos. Não faz sentido fazer oposição que impeça que os recursos do presidente cheguem ao povo pernambucano”, declarou o deputado.
Nos bastidores, as discussões sobre o acesso do PT à liderança estadual estão ligadas a uma aliança mais ampla para 2026, que envolve a imaginável migração de Raquel Lyra para o partido base de Lula, o PSD. O Ministério da Educação é considerado o principal ponto de entrada no governo para os petistas e poderia consolidar essa abordagem política.
Assista a entrevista completa: