Roraima: Entendendo por que os casos de dengue aumentam no verão

Durante o verão, os casos de dengue aumentam consideravelmente. Isso acontece devido à alta incidência de chuvas em grande parte do país, já que o acúmulo de água faz com que a proliferação do mosquito Aedes Aegypti se intensifique. Somado ao calor intenso, o ambiente fica ainda mais propício para que os ovos colocados pelas fêmeas eclodam e deem origem a milhares de novos mosquitos.

O subsecretário do Ministério da Saúde e Vigilância Ambiental (SVSA), Rivaldo Cunha, explica porque há aumento de casos neste período.

“Durante o verão nos deparamos com dois fenômenos diretamente relacionados à biologia do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue: temperaturas máximas e maior volume de água. Esses dois fatores, juntos, ajudam a aumentar a proliferação do vetor da dengue, encurtando até mesmo o tempo entre os ovos e os mosquitos adultos”, afirma. “Ao intensificar a atividade biológica do mosquito, temos um número maior de pessoas inflamadas, porque nesse período há um número maior de mosquitos”, ressalta Rivaldo.

A vigilância populacional é a principal medida para salvar os mosquitos: limpeza de quintais para evitar acúmulo de água, entupimento de caixas d’água, limpeza de vasos de flores e calhas. Também é fundamental contar com pessoal de condicionamento físico para fiscalizar possíveis focos do Aedes aegypti. .

“Recomenda-se, para este período do verão, intensificar os cuidados e dedicar uns 10 minutinhos para cuidar do seu ambiente, do seu domicílio, ver se tem algum objeto que possa acumular água, cuidar dos terrenos baldios, dos quintais, conversar com os seus vizinhos e cobrar que o poder público também faça a sua parte, recolhendo rotineiramente o lixo produzido pelos domicílios”, recomenda o secretário adjunto. 

O ciclo de vida dos mosquitos tem 4 fases.

Como muitos insetos, o Aedes passa por uma metamorfose completa em seu desenvolvimento. Isso significa que as fases jovem e adulta são absolutamente diferentes e por isso ocupam outros nichos, convivendo em outros ambientes e com comportamentos específicos em cada nível de desenvolvimento.

Tal como acontece com borboletas e mariposas, a transição de larva para adulto depende de um nível de desconstrução dos tecidos larvais e reconstrução das estruturas adultas, fase chamada pupa. Ao contrário das pupas de borboleta, as pupas do Aedes aegypti devem se mover.

Porém, as pupas não se alimentam e são muito vulneráveis ​​a compostos do ambiente externo, como os inseticidas.

Todo o processo de desenvolvimento, do ovo ao adulto, é fortemente influenciado pelas condições ambientais. A duração do desenvolvimento completo, até a idade adulta, e a longevidade do inseto adulto, podem variar significativamente dependendo de pontos como a umidade, a temperatura, a disponibilidade de alimento. , o desejo de movimento, entre outros.

A progressão do Aedes desde o ovo, passando por larvas e pupas, até o nível de mosquito adulto dura de 7 a 10 dias, dependendo das condições ambientais.

Ministério da Saúde

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