Pernambuco divulga Plano de Enfrentamento das Arboviroses 2025/2026; veja detalhes

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-PE) publicou, nesta quarta-feira (22), o Plano de Controle de Arboviroses 2025/2026.

No ano passado, Pernambuco acompanhou a tendência de outras regiões do Brasil e foram identificados aumentos de casos prováveis para doença entre os meses de março e julho, porém, a partir das investigações e descartes de casos, os números voltaram a níveis bem mais baixos e o cenário se estabilizou. 

O que são arbovírus? 

A dengue está presente desde 1987 em Pernambuco, com surtos epidêmicos marcantes em anos como 1997, 1998, 2002, 2015 e 2016. Os anos de 2015 e 2016 foram especialmente complexos devido à circulação conjunta dos recém-introduzidos chikungunya, zika e os quatro sorotipos da dengue.

As condições climáticas, a falta de saneamento adequado e o acúmulo de lixo nas ruas contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, aumentando o risco de epidemias.

Além da dengue, o ano de 2024 trouxe como desafio para as equipes de Vigilância em Saúde do Estado a Febre do Oropouche, que nunca tinha sido identificada em Pernambuco. 

Em maio, foram registrados os primeiros casos da doença, endêmica na região amazônica e caracterizada como um arbovírus cujo principal transmissor em espaços urbanos é o mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim.

A febre Oropouche gerou novas preocupações no estado com a confirmação de transmissão vertical (da mãe para o feto) e abortos espontâneos.

O Plano apresenta um concurso expresso de normas para vigilância, investigação e monitoramento de doenças por vezes gestacionais e gestacionais derivadas de transmissão vertical.

No Estado, a doença está presente em 31 municípios, espalhados na Zona da Mata Sul, Mata Norte, Região Metropolitana e no Agreste.  

A luta contra estas doenças requer ações integradas e sistemáticas, que serão orientadas através do plano de adaptação, através de colaborações intersetoriais, controlo vetorial, controlo clínico suficientemente bom e participação populacional.

A secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, destacou a contribuição do Plano para a prevenção das arboviroses no estado.  

“Preparamos uma série de ações emergenciais relacionadas à prevenção e assistência, nas quais vamos desenhar a rede de saúde para atender outras pessoas que adoecem. Ao mesmo tempo, colaboraremos com os municípios e a população para alcançar uma boa prevenção da doença. vetores que transmitem a doença”, disse ele.  

Além das arboviroses já citadas, a Secretaria, por meio da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental, também realiza intenso monitoramento da febre amarela, com ênfase na prevenção de sua urbanização, visto que a transmissão ocorre basicamente no ciclo silvestre, mas quando observada em ambientes urbanos ambientes, dá motivos maravilhosos para preocupação.

Outro arbovírus emergente é a febre do Nilo Ocidental, que já teve casos humanos e epizootias registrados no Brasil, porém ainda sem casos em Pernambuco.

“O Plano está construído para os anos de 2025 e 2026 e está vivo, podendo ser atualizado à medida que novas regulamentações ou novos fatos entrem em vigor”, reforçou o diretor-geral da Matriz de Monitoramento Ambiental, Eduardo Bezerra.

Como funcionará o Plano de Controle de Arboviroses 2025/2026:

O Plano Estadual é composto por eixos estratégicos que darão diretrizes para as ações de Vigilâncias Epidemiológica, Entomológica e Laboratorial; Linhas de Cuidado (Atenção Primária, Secundária e Terciária); Educação em Saúde e Comunicação em Saúde.

As ações serão organizadas com base nas seguintes classificações: resposta inicial, alerta e emergência.

A resposta inicial (nível 1) será ativada quando identificado o aumento da incidência de casos prováveis de arboviroses, com base no diagrama de controle, por quatro semanas epidemiológicas consecutivas e com positividade laboratorial entre 20% e 40% das amostras.

Além disso, a identidade da reintrodução de sorotipos ou cepas dessas doenças também será monitorada.

O alerta (nível 2) será acionado quando a ocorrência de dengue e/ou chikungunya ultrapassar o limite máximo do gráfico por 4 semanas consecutivas ou mais; querem abrir leitos para atender casos graves; laboratório apresentou caso (RT-PCR) de Zika; Surtos simultâneos de duas ou mais doenças e positividade laboratorial superior a 40% das amostras.

A reação de emergência (nível 3) será acionada com a exibição de notificações que permanecem acima da linha mais sensível do diagrama com a situação de ampliação dos demais casos; identidade de mortalidade (≥) 0,06/100 mil habitantes e letalidade ≥ 1,0/100 mil casos.

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