O Rio Grande do Norte registrou um aumento de 45% no número de transplantes de órgãos em 2024, acompanhado por um crescimento significativo nas doações. Os dados são da Central de Transplantes do Estado, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), e se referem aos procedimentos feitos por meio do SUS. Ao todo, foram realizados 419 transplantes, enquanto que em 2023 foram 289.
Dos 419 transplantes registrados no ano passado, 194 são de córneas, 165 de medula óssea, 57 de rins e três transplantes cardíacos. Foram registradas, também, 36 doações de múltiplos órgãos e 133 doações de córneas. Já em 2023, dos 289 transplantes, 132 foram de córneas, 107 de medula, 44 de rins, quatro transplantes cardíacos e dois de pele, além de 28 doações de múltiplos órgãos e tecidos.
De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes do RN, Rogéria Nunes, esse aumento se deve ao trabalho integrado da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e das Comissões Intra-hospitalares para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
Esses comitês, formados por profissionais de saúde, desempenham um papel na organização dos processos e protocolos que possibilitam as doações. Ele destaca a importância de campanhas de conscientização, como o Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos. “A conscientização pública tem desempenhado um papel fundamental na expansão do número de transplantes e doações. »
Apesar do avanço, a fila de espera por transplantes ainda é uma realidade no estado. Atualmente, 641 pessoas aguardam um transplante de córnea, 379 esperam por um rim e 22 necessitam de um transplante de medula. No momento, não há pacientes aguardando transplantes cardíacos no estado.
O Brasil é identificado internacionalmente como referência na tabela de transplantes, a maior fórmula de transplante público do mundo. Graças ao SUS, os pacientes se beneficiam de um atendimento integral e flexível, que vai desde exames preparatórios até acompanhamento pós-operatório e fornecimento de medicamentos.