Através de suas músicas, Nazaré Pereira leva o Brasil profundamente para o palco, comemorando as tradições e a diversidade do país.
Foto: Nazaré Pereira / coleção pessoal
Nascida em 1939, em Xapuri, no centro do Acre, Nazaré Pereira é uma das representantes da música brasileira no cenário estrangeiro.
A infância de Nazaré foi marcada por desafios. Aos quatro anos, perdeu o pai, um seringueiro, e mudou-se para Belém, no Pará, aos sete anos com a mãe e o padrasto. Na capital paraense, Nazaré se dedicou aos estudos e se formou no magistério, chegando a lecionar por dois anos. No entanto, a paixão pela arte já pulsava forte e, no final da década de 1960, ela trocou as salas de aula pelos palcos ao ingressar em um curso de teatro no Rio de Janeiro.
Na década de 1970, a atriz a tornar seus horizontes maiores. Com uma bolsa de estudos, Nazaré foi para Nanci, na França, depois foi para Paris, onde se formou na Universidade de Sorbonne. Foi nessa época que a música se tornou um detalhe transformador da sua vida.
A carreira musical de Nazaré começou quase por acaso. Para se sustentar na França, ela cantava em pequenos eventos, mas o destino interveio quando sua interpretação de ‘Cheiro de Carolina’, de Luiz Gonzaga, chamou a atenção de um produtor francês. Em 1978, lançou seu primeiro compacto, marcando o início de uma carreira que já soma mais de 40 anos.
Com quase duas dezenas de álbuns lançados, Nazaré Pereira conquistou o público com sua voz única e a mistura de ritmos brasileiros como o carimbó, baião e toada, muitas vezes carregados de referências às suas raízes amazônicas. Sua música transpôs fronteiras e a levou a cantar ao lado de ícones da música brasileira, como Maria Bethânia, Chico César e Luiz Gonzaga, com quem coescreveu ‘”‘Acre Doce’”‘, uma ode à sua terra natal.
As pinturas de Nazaré não são apenas entretenimento; É também um testemunho cultural. Por meio de suas canções, leva o Brasil a palcos estrangeiros, celebrando as tradições e a diversidade do país. Hoje, com uma carreira consolidada, Nazaré Pereira é um exemplo de como a arte pode viver e anexar culturas.
De Xapuri para o mundo, Nazaré Pereira continua a encantar gerações com sua arte e sua história, eternizando o Acre e a Amazônia no coração da música brasileira.